quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Uma dica para lidar com o desgaste mental

Tempos atrás eu ouvia o desabafo de uma mulher que, de tão frustrada que estava com sua vida, contou que ao chegar em casa desabou na cama e chorou bastante.


Não era pela perda de alguém, mas por um acúmulo de probleminhas. Sua mente estava cansada de tanto pensar em problemas.

O fato é que ninguém agüenta tal desgaste. De acordo com a recomendação do Senhor em Êxodo 20:9-10, nosso corpo precisa de repouso e nossa mente também. Se dermos ao nosso corpo o descanso que ele merece, ele nos dará a força e resistência de que precisamos. O mesmo ocorre com a nossa mente, se dermos o descanso que nossa mente merece, ela pensará melhor e será mais lúcida. Para quem já aprendeu isso, o lazer, o descanso e a diversão passam a ser tão necessários como o são a comida e a água.

É aí que entra a minha recomendação para estes homens e mulheres derrotados pelo desgaste: que tal um bom livro?

Uma boa leitura tem o poder de nos levar para outros lugares, nos fazer viajar por países que nunca fomos e talvez nunca iremos. Já fui para o Azerbaijão, para o Nepal e as montanhas do Himalaia, já fui para Paris, para Roma, para cidades da Áustria e da Bulgária. Todos esses lugares eu fui, sem nunca ter lá pisado os meus pés. O livros me levaram.

Nos livros já fui criança, já fui refugiado, já fugi de um assassino, já fui presidente, já fui cientista, já fui detetive, já fui padre, já fui um homem traído pela mulher mas que continuava apaixonado; fui criança abandonada, um idealizador, um político de respeito, um ator, um jogador, um escritor e um espião. Os livros me fizeram ser coisas que nunca fui e talvez nunca serei.

Os livros trabalharam com a minha imaginação e criatividade me fazendo ver que a vida não é só aquilo que captamos com os nossos sentidos físicos. Me fizeram ver que o mundo de fantasia que eu tinha quando ainda era um menino ainda existia dentro de mim. Que este dom da imaginação me fora dado por Deus, e que agora em minha adultidade, está sendo redescoberto.

Quem não lê se limita a viver apenas o que o mundo exterior lhe oferece, sem poder desfrutar de todas as criações de sua interioridade. Quem não lê, se limita a andar apenas em lugares que seus pés lhe possibilitam levar. Quem não lê, compreende menos o ser humano que, na vida de um escritor, nos permite entrar em seus arquivos mais íntimos e secretos. Ler um bom livro, é ler a mente do outro e navegar em sua imaginação.

Um dos lugares onde desaprendemos a ler é nas escolas e universidades. Ali a leitura é obrigatória, sua compreensão será testada, julgada e avaliada. Lá nos ensinam a decorar e não a desfrutar. Lá nos ensinam a registrar e não a sentir as impressões. Talvez seja esta a razão porque muitos abandonaram a leitura com medo dela.

Nas escrituras (uma coletânea de bons livros, diga-se de passagem), conta-nos a história de Paulo, um homem que dedicou a sua vida na expansão da mensagem do evangelho do Reino de Deus. No final de sua vida, já com sua sentença de morte decretada pelo imperador Nero, ele escreve ao seu amigo Timóteo para que viesse vê-lo depressa, e que ao vir, lhe trouxesse seus livros que haviam sido deixados na casa de outro amigo (1 Timóteo 4:13). Por que um homem, sabendo que iria morrer, ainda se preocupava em ler? Deixo para que você mesmo busque uma resposta para esta pergunta.

Tenha uma boa leitura!

Um grande abraço!
Anésio Rodrigues
 
http://www.comunidadecarisma.net/

Um comentário:

  1. Anésio, gostei muito do tema em que abortou. Confesso que compro livros por vicio e motivação, mas não sou a pessoa quem pratica profundar a leitura.

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